Minha vó do piqueló

Descritivo do evento:

“Minha avó do piqueló, fez um bolo e comeu só, não deu nada aos netinhos que gulosa é minha vó!”- Assim começa nossa história, com um dos tantos ditos populares que minha avó Maria Celeste, portuguesa da Ilha da Madeira em meio às suas panelas, sempre recordava da infância na terra natal. E como somos feitos de histórias, afetos e memórias, trago nesse repertório um pouco da minha e da nossa, ancestralidade. Histórias também que minha avó do sertão das Alagoas, Maria das Dores, do seu jeitinho, me contava e que muitos anos depois, encontrei guardadas em livros de tradição oral. Porque nossa memória também é afetiva, é que precisamos contá-las e tocar as pessoas por diferentes canais e lembranças. Quantas histórias formam nossa história? Quantas culturas se misturaram em uma só colcha, com seus fios e retalhos sem que possamos nos dar conta disso? As histórias a serem contadas são oriundas da tradição oral, da memória afetiva das escutas de minhas avós e também de livre adaptação. Com muita brincadeira, musicalidade e interação para ativar memórias e criar afetos.